quinta-feira, 25 de março de 2010

QUEM TEM MEDO DO TERRÍVEL HULK?

Oi, gentes.

Ameacei meu secretário:

-“Datilografa meu texto logo ou eu o despeço”. Deu certo! Ele voltou a trabalhar.

Como vocês todos já sabem, sou um cachorro beagle muito do lindão (e modesto), mas tenho um dedinho a menos em cada pata. Isso me dificulta muito digitar as postagens. Pra isso tenho um secretário. Eu vou ditando e ele vai digitando. Meu secretário é o pai JF, que pensa que é meu dono (coitado!!! Tenho que rir! KKKKKKKKK! Eu é que sou dono dele!).

Bom, hoje vou falar de minha briga com aquele cachorrão mal encarado, o Hulk. Dizem que a raça dele é rotweiller. Pra mim, ele não passa de um arruaceiro, briguento, mal caráter, feiosão.

Foi assim:

O Hulk estava preso em seu canil e, como sempre, fui lá praticar minha boa ação de cada dia (se é que gozar da cara dele seja, propriamente, uma boa ação. Hehehehehe). Eu fico do lado de fora falando besteiras para ele, tipo “Um dia você será bonito e inteligente como eu!”, Lógico que isso é impossível e ele fica bravíssimo (invejoso!) e começa a latir para mim.

Pois eu havia acabado de falar minhas frases animadoras para ele e já estava voltando para casa. Não é que, nesse dia, o canil do Hulk estava mal fechado? Pois com o restinho de inteligência que lhe sobrou, ele conseguiu abrir a porta e veio atrás de mim. Sorrateiramente! Sem que eu percebesse! Pé ante pé! À traição!

Quando eu já estava chegando em casa, ele me alcançou. Me alcançou e me agarrou. Me agarrou com aquela boca que mais parece entrada de túnel de estrada, com quatro faixas de rolamento. Na verdade, ele me abocanhou na traseira e me levantou no ar. Obviamente, comecei a latir, invocando o personagem bíblico: “Caim! Caim! Caiimmmmm!”. Mas, nem o Caim e nem o Abel chegaram perto! E o medo? Nossa luta era de titãs. Ele, com minha traseira na bocarra, me sacudia no ar, de um lado para outro. Eu, no ar, indo de um lado para o outro, o obrigava a ficar parado no mesmo lugar, para não me perder, com a bocarra de túnel ocupada e impossibilitada de morder outra coisa. Sou muito esperto! Luta de igual para igual!

Mas, se não vieram nem Abel e nem Caim para ver a luta, vieram o Ilmo, o caseiro, e seu filho Paulo. E resolveram entrar na briga sem serem chamados. Só que entenderam tudo errado. Eu estava ganhando a briga e não precisava da ajuda deles. Era só uma questão de tempo e ele se cansaria de me segurar no alto e me soltaria. Aí, eu cairia matando! Sim, porque o Hulk me segurava pela traseira porque sabia que, solto, eu fico muito bravo e com sanha assassina. Poderia até matá-lo. O Ilmo chegou perto mas não sabia o que fazer para livrar o Hulk do instinto sanguinário que se me aflorara. O Paulo jogava baldes e mais baldes de água em nós, achando que isso esfriaria nossos ânimos. Puro engano! Só nos deixava mais enraivecidos. E lá continuávamos em nossa luta. Ele, no chão, e eu, no ar.

E foi nessa hora que entrou em cena mais um personagem patético: meu pai JF. Ele estava no banheiro, todo peladão, se me permitem a força de expressão, se preparando para tomar banho (era um sábado, se não me engano!), quando ouviu a gritaria. Tornou a vestir o pijama e saiu para ver o que estava acontecendo.

Gentes, abrindo aspas, bem rapidinho: “ainda bem que ele vestiu o pijama, pois se ele vem sem o pijama, até o Hulk  iria cair na gargalhada ao ver aquele barrigão de quase nove meses!” Aspas fechadas.

Bom, pai JF, rapidamente, pegou a primeira coisa que lhe apareceu pela frente, uma vassoura, e veio com tudo pra cima do Hulk. Deu-lhe uma tremenda vassourada no lombo, que a vassoura se soltou e foi parar longe, deixando-o só com o cabo de vassoura nas mãos. Mas, o Hulk, apavorado e com medo de mim, não me soltou. Pai JF, então, deu-lhe uma tremenda cabada de vassoura no lombo. O cabo de vassoura partiu-se ao meio e o Hulk não me soltou. Como isso aconteceu na época das chuvas e ventos contínuos, no fim de ano, o chão estava cheio de galhos secos caídos das árvores. Pai JF pegou um galho seco e partiu pra cima do Hulk. Foram mais duas pancadas no lombo do mal encarado. Cada pancada, o galho se partia e pai JF acabou ficando só com um toquinho de galho nas mãos. Quando muito, aquilo poderia servir para o Hulk palitar os dentes, desde que eu resolvesse sair de dentro de sua bocarra!

Aí, pai JF viu, no chão, um pedaço de galho bem grosso, pesado, de quase um metro de comprimento. Um verdadeiro taco de beisebol. E foi com ele pra cima do Hulk. Deu uma primeira pancada nas ancas do encardido. Nada! Deu uma segunda pancada no meio do corpo do fedido. Nada! Deu uma pancada, meio leve, na cabeça do sarnento. Nada! Aí, ele perdeu a paciência. Deu a maior cacetada da paróquia, bem no meio do alto do cocoruto do energúmeno.

O Hulk me soltou, deu um pulo pro lado, e caiu estatelado no chão. O Ilmo e o Paulo me pegaram, pois com a raiva que eu estava era capaz de destroçar o Hulk, e me trouxeram para casa. Pai JF ficou lá feito bobo, olhando o Hulk desacordado. Bobo, mesmo! Devia ter aproveitado para pegar uma pá, abrir uma cova, jogar o Hulk lá dentro, e cobrir tudo com muita terra. Mas, não! Ficou lá com pena do cachorrão cretino. Resultado: dali um minuto, o Hulk acordou, se levantou, e, meio cambaleante, voltou sozinho para o seu canil. Podem ficar tranqüilos. O Hulk está bem. Cabeça ruim recebe pancada, mas não dá para piorar mais.

Quanto a mim, pouco depois, minha veterinária favorita veio me visitar. Me costurou com um montão de pontos, receitou um montão de remédios (que pai JF foi comprar em farmácia de humanos - que chique!), e, agora, já estou bom, novamente. A coisa mais chata, na fase dos remédios, foi ter que usar uma cúpula de abajur em volta do pescoço. Mas, isto é assunto para outra postagem. O importante é que vocês saibam que estou muito bom e, diariamente, continuo indo até o canil do Hulk para irritá-lo. Eu chego lá e lhe digo:


“E aí, seu trouxa? Você está aí preso e eu estou aqui fora andando de um lado pro outro, soltão, soltão!”

Gentes, ele fica uma fera, mas não tem perigo. Tio Paulo, cunhado do pai JF, com medo que eu maltratasse ainda mais o cachorrão, mandou instalar um dispositivo eletrônico na porta do canil do Hulk e ele não se solta mais. Ficou livre de minha sanha assassina. Mas, por via das dúvidas, meu pai JF comprou uns extintores de incêndio, daqueles carregados com CO2, e os deixou estrategicamente colocados. Se acontecer de o Hulk se soltar e agarrar alguma coisa (ou alguém), é só correr com o extintor e jogar a carga (a carga interna, não o cilindro!) no focinho dele. Ele solta na hora e sai correndo, segundo afirmou o Dr. Pet, na TV.


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11ª EXPOSIÇÃO NACIONAL DE ORQUÍDEAS, DE VINHEDO/SP

Gentes, isso é coisa de humanos, mas vou divulgar para deixar pai JF alegrinho.
Nos próximos dias 17 e 18 de abril, no Parque Municipal Jayme Ferragut (parque da Festa da Uva), na entrada da cidade, para quem vem pela Via Anhanguera, o Clube Amigos da Orquídea ViVa, de Vinhedo/SP, com a colaboração da Prefeitura Municipal de Vinhedo e coordenação da CAOB-Coordenadoria das Associações Orquidófilas do Brasil, estará realizando a sua 11ª Exposição Nacional de Orquídeas.
Estima-se a exposição de 1.500 vasos de orquídeas, floridos, pertencentes a colecionadores de vários estados brasileiros. Serão feitas palestras sobre cultivo de orquídeas, sem necessidade de inscrição prévia.
Foram convidados alguns produtores de orquídeas para comercializarem plantas bem variadas, produzidas em laboratórios, e com preços bem acessíveis. Comerciantes de plantas coletadas em matas NÃO são convidados.
Entrada franca, com estacionamento dentro do parque.
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MINHA IRMÃZINHA ILUSTROU OUTRO LIVRO

Pessoal, vocês conhecem minha irmãzinha, a Lu Farias, não conhecem? Lá dos blogues MEUS RABISCOS   http://lufarias.blogspot.com/  e  ...EEEPA!!!  http://eeepa.blogspot.com/  Sabem da novidade? Tem mais um livro infanto/juvenil ilustrado por ela nas livrarias. Não deixem de ler. Já pedi para o pai JF me comprar um exemplar, pois também quero conhecer essa história. É sobre a cidade de Santos/SP e um santista ilustre, o Padre Bartolomeu de Gusmão, pioneiro mundial no estudo sobre balões. Acho que todas as mamães, avós, titias, madrinhas, professoras, deveriam comprar um exemplar para cada um de seus filhos, netos, sobrinhos, afilhados, alunos... Já estou sabendo que o livro é bárbaro e que todo mundo deveria ter seu exemplar em sua biblioteca.

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Abração, meu amigos humanos e irmãos caninos. Uma lambida bem carinhosa na ponta do nariz de vocês todos.
Eddie Wood, o Beagle